terça-feira, 13 de julho de 2010

Celebrando o Dia do Rock

Há 25 anos, o dia 13 de julho é dedicado ao 'rock and roll'. Um estilo musical que, para os que não gostam, parece mais uma barulheira. Mas os que amam, se concentram nas batidas fortes da reunião dos sons de instrumentos, como guitarras elétricas, contrabaixo e baterias.

O tipo de música surgiu nos Estados Unidos no final dos anos 1940 e início dos anos 1950, com raízes em sua maioria em gêneros musicais afro-americanos, e rapidamente se espalhou para o resto do mundo. E, mesmo que sem grande expressão ou holofotes, o que não faltam por aí são as bandas alternativas de rock, mais conhecidas como undergrounds.

Uma referência do rock underground capixaba é Jorge Simpson, dono do bar "Caverna do Simpson" que representou o movimento por seis anos na Grande Vitória e teve seu último evento no último sábado (3). Jorge garante que o underground é mais do que só tocar na garagem. "É como uma opção de vida. Mais do que estar no underground (fora da mídia de massa), ser underground é tocar por amor ao rock sem a ganância de ser profissional ou famoso".

Fernando ainda lembra que, normalmente, o underground é o começo da maioria das bandas famosas como a inglesa, The Cure. Principalmente na Europa e nos Estados Unidos elas são muito comuns, há muito tempo. "É como subir uma escada. Quando uma banda já começa na mídia e com grandes recursos, muitas vezes é fadada ao fracasso. Ou quando um produtor junta músicos e investe, ele vai querer um retorno disso. Diferente do underground em que as bandas tocam o que elas gostam. É mais autêntico".

Por não estar na mídia e ter menos recursos, o movimento se mantem de forma independente, mas, não menos representativa. Bandas se formam a todo tempo e na maioria das vezes, se organizam em shows para fazer música e divulgar o trabalho para amigos e conhecidos.

"Com a perda do espaço para se apresentar, muitas bandas nem saem das garagens. Tiveram algumas bandas mais antigas que acabaram e não abriram espaço para as mais novas e isso ajudou a enfraquecer o movimento", conta Danilo Debona (Bronha), técnico de áudio e ex-baixista. Mas, Danilo ainda afirma: "As bandas sempre se juntam e fazem eventos próprios para divulgarem o trabalho, até mesmo dentro das próprias garagens".

Rodrigo Pessotti (Digão), vocalista da banda JetFire afirma: "As bandas underground não recebem o apoio que poderiam receber, mas, sempre se mantem firmes e fortes quando o assunto é tocar música boa e divertir o público". Digão também lembra que mesmo com o fim da Caverna do Simpson novos espaços abrem para dar força a esse público. "Hoje tem o Roda Rock em Jardim Camburi, o Teacher's Pub na Praia do Canto (ambos em Vitória), o Yard of Rock em Jacaraipe, Serra, e os clássicos rocks na Universidade Federal (Ufes campus Vitória)".
Internet para quem não aparece na TV e no rádio
Uma grande diferença da música independente produzida hoje e há 20 anos atrás é a vantagem da internet como meio de difusão. "O movimento não precisa mais de grandes gravadoras ou de mídias de massa para serem conhecidas. A própria banda grava seu trabalho em casa e coloca no You Tube (site de vídeos) ou para download no Orkut (site de relacionamentos) e ali a banda sabe quantas vezes o seu som foi ouvido e se as pessoas gostam ou não. Diferente de anos atrás quando se mandava uma demo ou disco para uma gravadora e nunca se saberia se ela foi ouvida ou simplesmente descartada", comenta Fernando.

Digão completa: "A maioria dos shows undergrounds aqui de Vitória são marcados, agendados e divulgados via internet. A galera já coloca no Orkut e começa a fazer propaganda. Além de ajudar na produção, essa divulgação virtual ajuda a outras pessoas a conhecerem o nosso trabalho e o movimento vai se renovando".

Saídas do underground do Espírito Santo, Os Pedreiros, Muqueca di Rato e Dead Fish são os maiores expoentes de nossas garagens. Hoje, essas bandas circulam pelo eixo Rio-São Paulo e são conhecidas em todo o país. E para algumas bandas que estão começando agora, são uma referência.
História
Em 13 de julho de 1985 mais de 40 artistas participaram do Live Aid, concerto realizado simultaneamente nas cidades de Londres (Inglaterra), Filadélfia (Estados Unidos), Melbourne (Austrália), Moscou (Rússia) e Tokio (Japão). Só em Londres e na Filadélfia mais de 124 mil pessoas assistiram os shows. Os concertos também foram transmitidos ao vivo via televisão para mais de 1,5 milhão de espectadores em mais de 100 países.

O concerto pretendia acabar com a fome na Etiópia (Africa) e após 16 horas de shows estima-se que o arrecadado seja em torno de 150 milhões de libras (405 milhões de reias). Desde então, em 13 de julho é comemorado o Dia Mundial do Rock.

 Fonte:http://www.eshoje.com.br/portal/leitura-noticia,inoticia,4274,o+rock+_n_+roll+que+comeca+nas+garagens.aspx

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