Margareth Menezes (
Salvador,
13 de outubro de
1962) é uma
cantora,
compositora,
produtora,
atriz,
diretora teatral e
empresária brasileira ganhadora de dois troféus Caymmi, dois
troféus Imprensa, quatro
troféus Dodô e Osmar, além de ser indicada para o
GRAMMY Awards e
GRAMMY Latino. Conhecida por
interpretar a
canção "Dandalunda", a cantora soma 21
turnês mundiais, e é considerada pelo
jornal estadunidense Los Angeles Times, como a "
Aretha Franklin brasileira".
Ainda pequena, Margareth, começou a cantar no
coral da
igreja local e, após conhecer Silas Henrique inicia sua carreira artísticas, inicialmente como
atriz, ganhando em
1985, o prêmio de "melhor intérprete", em "
Banho de Luz". Posteriormente, a cantora começou a se envolver com a
música, apresentando-se em
bares da
cidade, até que é ovacionada por um público de 1 500 pessoas pessoas, ao lado da Orquestra do maestro Vivaldo da Conceição. Em 1987, grava o seu primeiro
single, lançado como
LP, ao lado de Djalma de Oliveira, "Faraó (Divindade do Egito)", vendendo mais de 100 mil cópias. Após isso, Menezes deu início a sua carreira bem-sucedida, lançando
quatorze álbuns, sendo que dois desses,
Ellegibô e
Kindala, alcançaram o topo da
Billboard Word Albums, enquanto
Pra Você e
Brasileira Ao Vivo: Uma Homenagem Ao Samba-Reggae, receberam indicações ao
GRAMMY Latino e
GRAMMY Awards, respectivamente.
Menezes nasceu em
Boa Viagem, região
pobre de
Salvador. Filha de Dona Diva, uma
costureira e
doceira, que veio da
Ilha de Maré, e Adelício Soares da Purificação
[3],
motorista, falecido em
maio de
2009, é a mais velha de cinco irmãos
[4] e, em
1977, aos quinze anos, ganhou uma
guitarra e começou a cantar no
coral da Igreja da Congregação Mariana da Boa Viagem, em
Salvador[5].
Em
1980, a
cantora conheceu o
músico e
compositor Silas Henrique, com quem iniciou sua carreira de atriz, apresentando-se com a peça "
Ser ou Não Ser Gente", no
Teatro Vila Velha, em
Salvador[7]. No ano seguinte, estreia a peça "
Máscaras", de
Menotti Del Picchia, sob a
direção de Reinaldo Nunes. Posteriormente, atua na
peça do
teatrólogo russo Nikolai Gogol, "
Inspetor Geral", que contou com a
direção de Paulo Conde e a participação do
grupo "Troca de Segredos em Geral" e ficou um ano em cartaz
[5].
Três anos depois, o
grupo teatral, ao lado de Menezes
[6], montou uma
lona de
circo na
Praia de Ondina, esse
espaço cultural ficou conhecido como circo "Troca de Segredos". O local abrigou apresentação de
peças teatrais,
adultos e
infantis, além de receber apresentação de
grupos musicais dos mais diversos
gêneros[8]. Paralelamente a sua carreira de
atriz, Margareth Menezes, começa a se apresentar em
bares da
cidade, sem pretenções de se tornar uma grande
cantora[6]. Ao lado da
Orquestra do
maestro Vivaldo da Conceição, apresentou-se para um público de 1 500 pessoas, sendo ovacionada pela primeira vez
[9]. É então, que passa a se apresentar, ao lado de Silas Henrique, nos "Centros Sociais Urbanos", espaço onde as
comunidades participam de ações
socioeducativas e projetos de fortalecimento da
cidadania e
desenvolvimento social[10].
Margareth Menezes participou da elaboração e idealização da
peça "
O Menino Maluquinho", de
Ziraldo. A
atriz ficou responsável por operar o
som e por gerenciar a
técnica vocal. Isso, deu à
baiana mais intimidade com a
música, fazendo com que ela recebesse o convite para se apresentar em
São Paulo com a peça "
Colagens e Bobagens", em
1985. "
Banho de Luz", foi o primeiro
espetáculo solo de Margareth Menezes, que também participou da
produção e
direção, ao lado de Silas Henrique; a façanha rendeu um Troféu Caymmi de "melhor intérprete" para Margareth Menezes
[11][12]. Em
1987, "
Beijo de Flor", recebeu um Troféu Caymmi de "melhor show do ano"
[5].
Por volta de
1986, Margareth Menezes dá, enfim, início a sua
carreira musical, interpolando entre a
música e o
teatro, apesar de já ter trabalho anteriormente com a primeira. Depois de um pequena
turnê no
interior da Bahia, a
atriz passa a apresentar-se no
Teatro Castro Alves, através do "
Projeto Pixinguinha". Além de participar de
bloco carnavalesco e inúmeros projetos musicais
[5]. No ano seguinte, a intérprete particia como
vocalista do
bloco "20 Vê", que se apresentava no "Projeto Astral", em
Salvador, para cerca de cinco mil pessoas, ao lado de
Geraldo Azevedo, Gerônimo, entre outros. Menezes recebe, a partir dai, o convite para se apresentar no "VIII Festival de Música do Caribe", realizado em
Cartagena, na
Colômbia, ao lado de
Pepeu Gomes, representando o
Brasil. Os dois foram eleitos os melhores do festival
[5]. De volta ao Brasil, recebe o convite de Djalma Oliveira, em
1987, para fazer uma participação em seu
single, lançado como
LP, onde interpretaram o primeiro
samba-reggae gravado no
Brasil, "Faraó (Divindade do Egito)",
música de
Luciano Gomes, que vendeu mais de 100 mil cópias
[13].
[editar]Do primeiro álbum à turnê mundial
Após o lançamento de seu primeiro
single, Margareth Menezes assinou um
contrato com a
gravadora PolyGram do Brasil, que
lança seu primeiro álbum auto-intitulado, em
novembro de
1988[1]. O
registro fonográfico rendeu dois
troféus Imprensa de "melhor disco" e "melhor cantora", contando com uma
turnê que percorreu o
Brasil e a
Argentina, onde Margareth já havia se apresentou anteriormente. A canção "Elegibô (Uma História de Ifá)", de Rey Zulu e Ythamar Tropicália, se tornou uma das principais
canções do
álbum e, da carreira da
cantora, sendo que posteriormente, Menezes lançou um álbum intitulado
Ellegibô[13]. Em
1989, dá início à criação e desenvolvimento de seu segundo álbum,
Um Canto Pra Subir. Enquanto isso, a baiana apresenta-se ao lado de
Gilberto Gil e
Dominguinhos, em uma série de
espetáculos através do projeto "Bast Chrome Music", dirigido por
Milton Nascimento e por
Gil[14]. Por volta de
1990, Menezes assina um contrato com a
gravadora estadunidense Mango/Island Records, com o objetivo de lançar um
álbum nos
Estados Unidos,
Canadá e
México, onde já havia se apresentado com certa regularidade
[5], sendo convidada por
David Byrne, líder do
grupo Talking Heads, para fazer o
espetáculo de abertura de sua
turnê mundial, além de fazer participações especiais. No
Brasil, a
cantora lança
Um Canto Pra Subir, que contou com a
produção e
arranjos de
Ramiro Musotto e Pedro Giorlandinni
[13]. A
canção "Ifá (Um Canto Pra Subir)", foi destaque do
álbum, sendo que foi dessa
faixa que retirou-se o nome do álbum
[5].
Menezes já se apresentou ao lado de grandes
cantores brasileiros e
internacionais como
Marisa Monte,
Carlinhos Brown,
Jimmy Cliff e entre outros. A convite do
diretor cinematrográficoestadunidense Zalman King, a cantora fez parte da
trilha sonora do
filme Orquídea Selvagem, estrelada por
Mickey Rourke e
Jacqueline Bisset. Enquanto que, no Brasil, ela grava o
videoclipe de "Ifá (Um Canto Pra Subir)", para o programa "
Fantástico", da
Rede Globo, voltando, posteriormente, a continuar sua turnê pela
América do Sul,
América do Norte, sul dos
Estados Unidos,
Finlândia e
Rússia (na época
União Soviética), ao lado de
David Byrne[15].
Ellegibô e sucesso comercial
Devido a sua bem-sucedida carreira na
América do Norte, a
gravadora inglesa Polydor Records, contratou Menezes, visando o lançamento de um
álbum em toda a
Europa.
Ellegibô, reuniu as principais
canções do
primeiro e
segundo álbum da
cantora, tais como "Elegibo (Uma História de Ifá)", "Tenda do Amor (Magia)" e "Ifá (Um Canto Pra Subir)". O álbum, que também foi lançado pela Mango, nos
Estados Unidos e no
Japão, recebeu destaque da
imprensa mundial. O
site AllMusic, publicou uma
crítica de John Storm Roberts, falando que Menezes recebe forte
influência de "sua veia
afro-americana" ressaltando o seu "
ecletismo" e dizendo que a cantora "faz isso melhor do que muitos"
[16]. O álbum ainda gerou um
videoclipe da canção "Tenda de Amor", lançada exclusivamente na
Inglaterra. E em
8 de setembro de
1990,
Ellegibô, chega ao topo da
Billboard World Albums, nos
Estados Unidos, ficando por lá durante
onze semanas[17] e deixando para trás álbuns como
Puzzle of Hearts, de
Djavan e o
álbum de estreia do Barefoot, por exemplo
[18]. Além disso, a revista
Rolling Stone, elegeu o
álbum como um dos
cinco melhores da "
world music", em todo o
mundo[19]. Ele foi base para Margareth Menezes iniciar sua primeira
turnê internacional, apresentando-se, inicialmente, em
Nova Iorque, onde foi ovacionada pelo público e crítica
[1], e repetindo o sucesso em países visitados, entre eles
França,
Itália,
Canadá e
Bélgica[13]. O
álbum vendeu mais de 10 mil cópias, apenas nos
Estados Unidos[17].
Kindala, que em
Yorubá quer dizer "
lábios grandes", foi lançado como terceiro
álbum em
1991 e, assim como seu antecessor,
Ellegibô, atingiu o topo da
Billboard World Albums, ocupando o segundo lugar da parada em
8 de fevereiro de
1992 e ultrapassando as dez mil cópias na
França[17]. O sucesso comercial dos dois
álbuns deram à Margareth vários convites, entre eles o da
rádioitaliana "Della Svizzera", que convidou a cantora para se apresentar no
programa "
Tambola", na
Suíça (o programa era transmitido ao vivo em ambos
países)
[17]. A convite do
presidente da
PolyGram em Portugal, a
cantora inicia um processo de divulgação do álbum, através das rádios,
revistas e
programas televisivos de
Lisboa. Depois de ser
capa da
revista The Beat, ao lado de
Milton Nascimento e
Gilberto Gil, retorna ao
Brasil e inicia a
turnê de
Kindala em
São Paulo, com um
grande espetáculo no Palace, dirigido pela própria cantora e por
Elba Ramalho. A turnê passou pelos
Estados Unidos,
Europa e
Japão, retornando ao Brasil no mesmo ano
[1].
Kindala ainda rendeu à Margareth Menezes, indicação ao
Grammy de "melhor álbum de
música do mundo"
[13].
[editar]Consolidação artística
Depois de percorrer o
mundo em
turnês, solos ou ao lado de
David Byrne, Menezes "estacionou-se" no
Brasil para dar início a
produção de mais um
álbum.
Luz Dourada, chegou às
lojas do
Brasilem
1993, através da
PolyGram, e levou a
cantora para a
Inglaterra,
Itália e
Argentina, com uma
turnê diferente das demais, agora, Menezes apresentava um
espetáculo mais acústico, contando apenas com um
violão e uma
percussão. Com o fim do contrato com a
gravadora, a
baiana continuou a realizar
espetáculos pelo
país, além de apresentar-se no tradicional
Carnaval na Bahia, em seu próprio
trio elétrico[5]. O
álbum,
Luz Dourada, vendeu mais de duas mil
cópias em apenas
dois meses de lançamento na
Suíça[17]. Rapidamente, foi contrata pela
Continental e, lança o álbum
Gente de Festa, que conta com a participação de
Maria Bethânia e
Caetano Veloso. Através de sua
produtora, "MM Produções Artísticas", a
cantora realiza mais uma
turnê internacional que a levou para a
Europa, mas, a fez regressar ao
Brasil devido ao
carnaval. O
trio elétrico de Menezes fora projetado por Bel Barbosa
artista plástico baiano, exclusivamente para a apresentação
[1].
Todos os anos, a
baiana é destaque no
carnaval de Salvador, tendo comandado, além de seu próprio
trio, inúmeros outros
blocos, como o "Bloco da Cidade", idealizado pela
prefeitura de
Salvadorem homenagem ao
artista Jorge Amado, que ao lado de
Gilberto Gil e
Caetano Veloso, marcaram grande momento do
Carnaval de
1996[5]. Menezes apresentou-se no "Bahia com H", recebendo vários
artistas nacionais e
internacionais, como,
Jimmy Page e
Ron Wood, que vieram ao
Brasil prestigiar a
cantora. Em
1997, Margareth participou do "Ópera Lídia de Oxum",
evento ao ar livre
dirigido pelo
autor,
poeta e
letrista Ildásio Tavares, que contou com a presença de 20 mil pessoas
[5]. Ao lado de
Caetano Veloso,
Gilberto Gil,
Tom Zé,
Gal Costa,
Daniela Mercury,
Araketu, entre outros
intérpretes e
bandas, lança a
coletânea Tropicália: 30 anos, onde gravou "Domingo no Parque", de
Gil[17]. No ano seguinte, ela produz a "Noite MPB", uma série de
apresentações de
artistasbrasileiros e, no mesmo ano, inicia mais uma
turnê internacional passando por
doze países[1]. A convite de Gil, Menezes participa do "Festival Percurssivo Perc Pan"
[20], em
2000[21], onde canta, pela primeira vez, ao lado de
Ivete Sangalo e
Daniela Mercury[5].
[editar]Independência artística
Durante
cinco anos, a
cantora esteve sem
gravadora, foi então, que resolveu criar seu próprio
selo, "Estrela do Mar"
[4] e sob a
produção de
Carlinhos Brown e Alê Siqueira, é lançado o
álbumAfropopbrasileiro. Ele conta com
onze faixas, entre elas uma das principais
canções da
carreira de Margareth Menezes, "
Dandalunda", que fora
composta por Brown e considerada a melhor
músicado
carnaval de
2001, rendeu à
cantora um
Troféu Dodô e Osmar, em 2003, de "melhor música" e de "melhor cantora do carnaval baiano do ano". O
projeto ainda contou com a participação de
Leninee
composições de
Zeca Baleiro,
Paulo César Pinheiro e da própria Margareth
[13]. Ainda em
2001, a
cantora participa do
álbum dos
Tribalistas, interpretando a
canção "Passe em Casa", de sua autoria em parceria com
Marisa Monte,
Carlinhos Brown e
Arnaldo Antunes[5]. A
coletânea Do Lundo ao Axé: 100 Anos de Música Baiana, contou com a participação de Menezes e de diversoso nomes da
música baiana, como
Gilberto Gil,
Edil Pacheco,
Paulinho Boca de Cantor e
Carlinhos Brown, por exemplo
[5]. Ao lado do
bloco-afro Ilê Aiyê, participou do encerramento da "VI Festival do Mercado Cultural da Bahia", apresentando "Missa do Rosário dos Pretos". Participou do
documentário sobre o
samba, "Moro no Brasil",
dirigido pelo
cineasta finlandês, Mika Kaurismaki. No iníco de
2002, a cantora viaja ao
Timor-Leste e se apresenta em uma festival nacional de
comemoração de
independência do país. De volta ao
Brasil, é jurada do "Prêmio Sharp", e inicia a parte de idealização de seu novo álbum, que seria lançado pela "Estrelha do Mar"
[13].
No
ano seguinte, ela organizou o "Margareth Menezes Convida", um
espetáculo no
Canecão,
Rio de Janeiro, onde recebeu as
cantoras Alcione,
Elba Ramalho,
Ivete Sangalo e
Sandra de Sá. Além disso, Menezes foi convidada para
cantar ao lado de
Gilberto Gil,
Alcione e
Toni Garrido, no
Centro Cultural da
Rocinha, para o lançamento do espaço. No
exterior, ocorreu o lançamento de uma caixa com
cinco álbuns,
We Are Bahia: We Are the World of Carnaval, contendo
vinte anos de
axé. Margareth participou do
projeto, com "Elegibô"
[5].
Tete a Tete Margareth, foi lançado, sendo o primeiro
álbum ao vivo da
cantora, e entre os convidados estavam
Carlinhos Brown e a
banda Cidade Negra. O
DVD foi
gravado na
Concha Acústica do
Teatro Castro Alves, em
Salvador e, reuniu mais de onze mil pessoas. O
jornal Los Angeles Times, publicou uma
crítica do
álbum, dizendo que o
evento era uma "noite brasileira em Hollywood Bowl"
[5]. Mas, foi após o lançamento do
Ao Vivo no Festival de Verão de Salvador, em
2004, que contou com a participação da
bateria da
Mangueira e de
Alcione, que Margareth foi consagrada a "
Aretha Franklin brasileira", pelo
jornal. O
álbumainda recebeu ótimas
críticas dos
periódicos The New York Times e
Washington Post, nos
Estados Unidos, e
Le Monde, na
França[13]. O
DVD vendeu mais de cinquenta mil cópias e, recebeu
disco de ouro no
Brasil[13].
[editar]Homenagem ao samba-reggae e mudança de gênero
Consagrada como
deusa do "
afro-pop"
[17], Menezes lança
Pra Você, gerando um estranhamento, pois, o
álbum não trazia o
ritmo frenético do
gênero que a consagrou, mas, revela um lado
pop da
cantora. O
projeto contou com a participação de
Ivete Sangalo e
Cláudio Zoli e a
produção de Moogie Canazio, que já trabalhara com
Maria Bethânia e
Caetano Veloso. Em
2005, participa do "Ano do
Brasil na
França" e da "Copa da Cultura", em
Berlim. Em
agosto de
2006, Menezes volta ao
Teatro Castro Alves, para homenagear o
samba-reggae e
gravar o DVD Brasileira ao Vivo: Uma Homenagem ao Samba-Reggae. Nesse, ela faz releituras de
grandes sucessos de sua
carreira, contando com a participação de
Carlinhos Brown, Mateus Aleluia e Saul Barbosa. O álbum gerou duas indicações ao
Grammy[13].
Naturalmente, foi lançado em
2008 e, segundo a própria
cantora, "levou a um mergulho interno, a resgatar as
origens". Margareth Menezes realizou algumas
apresentações antes do lançamento do
álbum, todas as quintas-feiras, no
espaço carioca "Mistura Fina". O novo projeto, que contém
canções de
Nando Reis,
Arnaldo Antunes e
Marisa Monte, por exemplo, contou com a
produção de Marco Mazzola e, com a participação de
Gilberto Gil e
Luís Represas[22]. Já em
2010, ela lança um projeto
acústico que resultou em um
disco compacto,
disco digital de vídeo e
blu-ray[23]. Intitulado
Naturalmente Acústico, o projeto contou com a
produção e co-produção da "Estrela do Mar" e do
Canal Brasil, respectivamente. Em partes filmado no
estúdio "Ilha dos Sapos", de
Carlinhos Brown[24], e em locais imporantes de
Salvador para a
cantora, como a Pria da Ribeira, onde nasceu, e a
Feira de São Joaquim[23], teve a
direção de Wiland Pinsdorf, que priorizou a apresentação
vocal de Margareth, e, como o
álbum anterior, foi lançado pela MZA Music,
gravadora de Marco Mazzola, que também produziu o projeto. O
DVD ainda conta com depoimentos de
familiares e amigos de cantora
[23]. O
Canal Brasil trasmitiu o DVD em
30 de abril de
2010, mas, o acústico só fora lançado em
outubro de
2010, tendo como primeiro
single"Amor Ainda", com a participação de
Carlinhos Brown[25].
Filantropia
Margareth Menezes fundou em 2004 a 'Fábrica Cultural' que, através de um convênio de parceria firmado com a Secretaria Municipal da Educação e Cultura, da Prefeitura de Salvador, iniciou o "Programa Circulando Arte", além de outros projetos no campo da arte, educação e cultura
[49]. A
organização não governamental, atua desde 2008, na Ribeira - bairro onde Margareth Menezes nasceu - e outros bairros da Península de Itapagipe
[50], oferecendo cursos profissionalizantes para jovens e oficinas de arte-educação para crianças
[49].
Em 14 de Julho de 2010, a organização, que desenvolveu o projeto "Na Trilha da Cidadania", formou 500 jovens, através de um cerimônia que contou com a presença de Menezes. O projeto formou alunos nas áreas de
produção musical,
comunicação, estamparia. criação em costura e
designer gráfico. Durante o evento, a cantora disse que fica feliz com a formatura, pois, "logo na primeira turma que estamos formando, é muito claro o valor, a energia e a qualidade desses jovens. É animador poder, juntamente com todo o pessoal da Fábrica, ajudar a proporcionar essa oportunidade"
[51]. A cerimônia contou com a presença de Fátima Mendonça, primeira-dama do estado, e Arany Santana, secretária do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza
[51], que declarou: "O que estava faltando a esses jovens era acesso às ferramentas. Unindo isso ao querer e à competência desses meninos, com certeza eles vão construir um momento novo para cada um e para a Bahia"
[52].
Com sede no Clube Cabana do Bogary
[51], a organização oferece cursos à jovens de 16 à 24 anos, cuja renda familiar não ultrapasse meio salário minímio, por pessoa. Além disso, o aluno deve cursar o ensino fundamente e médio da rede pública. São oferecido 250 vagas por período e os alunos são contemplados com uma bolsa-auxílio
[53].
Além de sua própria organização, Menezes participa de projetos e iniciativas
filantrópicas e sociais. Ao lado de Daniela Mercury, a cantora participou da campanha "Carnaval Sem Fome". Um
jingle, foi gravado pela cantora, Daniela Mercury, Carlinhos Brown, Olodum e Luiz Caldas, para promover a campanha organizada promovida pelas Voluntárias Sociais em parceria com o comitê baiano da ONG Ação Cidadania Contra a Fome, Miséria e pela Vida. O objetivo era arrecadar alimento não perecíveis para seis mil famílias atingidas pela enchente do
Rio São Francisco, em 2007
[54].
Banner da campanha contra a violência sexual durante o Carnaval.
Em 2009, ao lado dos vocalistas das bandas
Chiclete com Banana e
Asa de Águia,
Bell Marques e
Durval Lelys, a cantora participou da campanha do
Ministério Público baiano contra a
violência sexual. A campanha "Violência Sexual: Quem Não Denuncia Também Violenta", foi lançada em 4 de Fevereiro, às 14:30h, na sede do Ministério, em Salvador. Os artistas não cobraram cachê pelo trabalho e, durante as gravações, afirmaram promover o assunto durante seus apresentações no Carnaval
[55]. No ano seguinte, 2010, a cantora participou do projeto "Lê Pra Mim?", que ocorreu em 12 de Outubro de 2010, no Centro Cultural Correios, do
Pelourinho. A cantora leu um livro infantil para cinquenta crianças assistidas por
instituições filantrópicas. Em entrevista, Margareth disse que "o projeto é lindo e merece toda a atenção. A literatura é um mundo mágico que com certeza vai fazer muito bem a essas crianças". Carlinhos Brown, Fernando Guerreiro, Licia Fabio e Luiz Miranda, também participaram da iniciativa.